(Santuário Pagão) Gravuras Rupestres do Alto da Mão do Homem


    As Gravuras Rupestres do Alto da Mão do Homem é um sítio arqueológico situado em Escariz, Vila Real.
    Infelizmente, tal como acontece com a Necrópole de S. Miguel da Pena e com a Arte Rupestre e Santuário no centro de Vila Real, este local arqueológico não tem placa de identificação e é pouco conhecido, estando ao abandono.
    Assim que se chega ao local das coordenadas das Gravuras  pode-se verificar que a pedra se encontra demasiado suja com musgo e é quase impossível ver-se as gravuras, como podemos verificar pelas fotografias.
    Segundo o autor Padre João Parente, na sua obra "Roteiro Arqueológico e Artístico do Concelho de Vila Real" estas gravuras poderão ter ligação ao Santuário de Panóias


"E já do Bronze Final, temos o testemunho do altar rupestre da Mão do Homem, monumento já descrito pelo pároco de Adoufe, em comunicação à Academia Real da História, no século XVIII.
Esta raridade pré-histórica, só ultimamente considerada de interesse nacional, é constituída por um penedo de granito que faz parte de um afloramento rochoso sito na aldeia de Escariz, freguesia de Adoufe.
Na superfície superior da rocha, quase lisa e um tanto inclinada para Sul, podem ver-se diversas insculturas representando mãos com os seus braços esquematizados, um zoomórfico, uma serpentiforme e outros sinais de misterioso significado.
O que incandesceu a imaginação popular foi a mão central, por ser a mais evidente na forma e no significado. Daí o topónimo.
É de supor que toda esta região foi habitada pelos Lapiteas, povo mencionado nas epígrafes de Panóias.
Sendo assim, há uma relação estreita entre a Mão do Homem e Panóias.
Alguns numes Lapitearum mencionados por Caius Calpurnius Rufinus devem ser os simbolizados na fraga de Escariz.
Um deles, entre outros, foi o culto ofiolátrico." - Padre João Parente*


"Rocha com gravuras, localizada no topo de um pequeno alto pouco destacado, sobre o pequeno rio de Soutelo, afluente do rio Corgo. Integra-se assim no vale do Corgo, entre os grandes maciços montanhosos das serras do Alvão e da Padrela. Aparentemente, existe uma só rocha gravada, que é um bloco granítico de médias dimensões, que facilmente se destaca dos outros à sua volta. A superfície gravada é sub-horizontal, inclinada para Sul. Apresenta alguns motivos gravados, sem grande densidade. Existe pelo menos um cruciforme, covinhas, motivos em forma de escudo, e os conhecidos motivos em forma de mão, que dão o nome à rocha. Estes três últimos motivos, covinhas, escutiformes e motivos em forma de mão podem aparecer isolados ou em composição. Há pelo menos um motivo composto, em que a "mão" arranca de um motivo em forma de escudo, sendo a ponta dos "dedos" formada por covinhas." - Site Portal do Arqueólogo

(Fotografia de Escarpas do Corgo)

(Fotografia de Escarpas do Corgo) 

*PARENTE, João (2004) Roteiro Arqueológico e Artístico do Concelho de Vila Real

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