(Livro) O Domínio Romano em Portugal de Jorge de Alarcão

O livro "O Domínio Romano em Portugal" do autor Jorge de Alarcão* foi publicado pela Editora Europa-America em 1988.
É dividido em oito capítulos, falando da história política, das divisões administrativas, as cidades, as estradas, as villae, a vida económica, a religião e a arte durante o domínio romano. 

"Em 1973, o Professor Jorge Alarcão viu publicado o seu Portugal Romano, que se transformou em livro de referência indispensável para o estudo do período histórico a que diz respeito. Entretanto, a realização de um inventário de cerca de 2800 estações romanas do nosso território e a cartografia dos achados permitiram ao autor alargar consideravelmente a temática do seu anterior trabalho e apresentar novos dados e novas conclusões. Pontos que não tinham sido abordados, como o das divisões político-administrativas do território, são agora objecto de reflexão. Procurou-se, conforme nos diz o autor, «pela primeira vez na historiografia nacional da romanização, identificar as civitates, traçar as respectivas fronteiras e localizar as cidades capitais. A análise espacial levou-nos a sugerir a existência de capitais até agora não identificadas e a negar supostas cidades que, afinal, nunca existiram».
O Domínio Romano em Portugal não encerra, de modo algum, o estudo do Portugal Romano, que continua a ser um campo aberto à investigação. A sua função é a de compendiar e sistematizar os dados mais recentes, de modo a que se possam formular novos problemas e abrir novos caminhos de pesquisa."

Nos quatro primeiros capítulos encontramos assuntos como a história política iniciando-se com a conquista romana da Península Ibérica, a reorganização administrativa do território, a criação dos conventus (distrito judicial) e da província da Callaecia, a evolução das cidades capitais e das vias romanas (estradas) com origem em Bracara Augusta, as de Aquae Flaviae, as de Estremadura, as de Olisipo a Emerita Augusta, entre outras. 
Nos  últimos quatro capítulos temos sobre as villae, a exploração do ouro, do cobre, do chumbo, do estanho e do ferro; sobre a indústria de materiais de construção, a extração de pedras semipreciosas, a produção de cerâmica, os cultos indígenas (como Endovelico, Cosus, Iuno, Munis, Nabia, Reve, Bandua, Arentius e Arentia, Larouco e os Lares), od cultos clássicos (os deuses romanos), os cultos orientais (como Serapis, Mitra e Ísis), o culto imperial, a arquitectura pública e a doméstica, os mosaicos e a escultura. 
Por fim, temos ainda, dois apêndices  sobre as divindades indígenas de Portugal e sobre os núcleos urbanos e os populi que se acham mencionados em fontes literárias ou em textos epigráficos. 
O livro encontra-se esgotado pelo que apenas o conseguem adquirir em segunda mão. Talvez o possam encontrar no Olx, no Custo Justo ou em alfarrabistas.

*Jorge de Alarcão, é Professor Catedrático na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e doutor honoris causa pelas Universidades de Bordéus (1985) e de Santiago de Compostela (1996). Recebeu o prémio Raoul Duseigneur da Académie des Inscriptions et Belles Lettres (Paris) pela obra Les villas romaines de São Cucufate, Portugal (em colaboração com o Prof. Robert Etienne e com Françoise Mayet). A sua actividade docente tem-se exercido em diversos ramos da Arqueologia Clássica, História Antiga, Pré-História e Proto-História. Como investigador, o seu campo tem sido a arqueologia romana em Portugal e, mais recentemente, a teoria da Arqueologia. É autor de diversas obras e artigos, num total de mais de 190 títulos. Uma das principais obras, Roman Portugal, foi editada em Inglaterra (Warminster, 1988). 

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