Castro de Santa Trega


    A meio da encosta do Monte Santa Trega (também conhecido como Monte Santa Tecla), a 341 metros acima do nível do mar, encontram-se os restos daquela que já foi uma grande cidade do Noroeste da península: o Castro de Santa Trega, na Galiza, em Espanha.


    Este povoado galaico-romano foi ocupado desde o século IV a.C. até ao século I d.C. durante o processo de romanização no noroeste da Península Ibérica.


    Um recinto murado de alvenaria de pedra define a cidadela. De área estimada em 20 hectares, com acesso pelo portão norte, próximo à atual rodovia, e pelo portão sul. É considerada um dos maiores castros da Galiza.


    Muitos artefactos foram recuperados no local, incluindo um elemento comum aos castros da Galécia: muitas partes de cerâmica. São uma mistura de cerâmica nativa, feita à mão ou em roda lenta em pasta escura, e outros fragmentos da época romana, como campânulas de brilho verde e peças de terra sigillata de brilho vermelho, bem como fragmentos de cerâmica romana comum.
    Foram encontradas moedas da época romana, contas de vidro, as esvásticas celtas, colares de bronze, fragmentos de pulseiras de bronze, peças de jogos e objetos em metais preciosos e " el cabezón do Trega".


     Foi, ainda, encontrada uma estátua em bronze que vários investigadores creem ser de Hércules, como divindade:

"Refiro-me a uma interessante escultura em bronze de uma fase já romanizada deste castro costeiro: é uma suposta representação da divindade greco-latina, Hércules. É uma figura de bronze com cerca de 18 cm de altura para a qual Ignacio Calvo, na memória das explorações arqueológicas dos anos de 1914 a 1920, aponta uma origem ibérica copiada de modelos romanos (Calvo e Sánchez, 2001: 36). Esta hipótese não parece rebuscado, tendo em conta a descoberta de numismas de Cádiz em Santa Tegra e a importante tradição de culto de Hércules-Melkart em Gadir (Oria Segura, 1996:19-45)." - Alberto Santos Cancelas, 2015:  91

    É possível ver-se parte dos achados arqueológicos no Museo Arqueológico de Sta. Trega (MASAT).


    Segundo algumas investigações no local haveriam gravuras rupestres posteriores ao castro, contudo foram tapadas como a construção das casas castrejas.
    Hoje em dia, ainda são visíveis algumas, nomeadamente a Laje do Mapa, situada na parte alta do monte, composta por várias espirais, círculos concêntricos e traços lineais mais ou menos paralelos.


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