(Livro) Santuarios de la Galicia Céltica de Marco V. García Quintela e Manuel Santos Estévez
O livro "Santuarios de la Galicia Céltica" dos autores Marco V. García Quintela e Manuel Santos Estévez foi publicado pela Abada Editores em Espanha em 2008.
Como o próprio titulo diz, este livros, é sobre locais arqueológicos que sido Santuários pagãos na Galícia (Espanha) e sobre as religiões ai celebradas:
"Este livro situa-se na confluência entre a história da arte, a história das religiões, a arqueologia e o estudo do folclore. O fio condutor desta conjugação de disciplinas é dado, do ponto de vista arqueológico, pela arqueologia da paisagem, e do ponto de vista da história das religiões e do folclore, pelo método comparativo.
Com base na deteção e exame arqueológico de alguns conjuntos de gravuras rupestres galegas que apresentam uma semelhança estrutural singular, propõem-se argumentos que convidam a datá-los da Idade do Ferro e, tendo em conta as suas semelhanças com santuários arcaicos da Grécia, Itália ou Gália, são interpretados como locais de encontro ou culto ligados aos habitantes dos fortes da cultura celta. O seu exame detalhado conduz por caminhos variados, como a iconografia do sol, o seu lugar em vários sistemas religiosos, a mitologia das aves (como o corvo ou a carriça), a delimitação entre espaços para os homens e espaços para os deuses ou o articulação da paisagem social de uma região articulada em torno de um conjunto de gravuras minimalistas relacionadas com um duplo sistema de contagem do tempo, um natural e outro da cultura celta. “Santuários” que, com o passar do tempo, são povoados de cultos romanos aos imperadores ou a Júpiter e, com a cristianização, com dedicatórias a San Lorenzo, San Vicente, Santiago, San Trocado, La Candelaria..., dedicatórias que ocupam , transformando-os mas sem aboli-los, pois são os padroeiros das freguesias vizinhas."
O livro é, então, divido em sete capítulos, onde encontramos assuntos como os testemunhos literarios, epigraficos e onomásticos da presença dos celtas no noroeste da Ibérica, Viriato como um modelo de rei celta, o sacrifício para os lusitanos, a riqueza mágica da Lusitânia, as estátuas de guerreiros galaico-lusitanos, Santuários na Idade do Ferro (evidências materiais em pedra, tais como a Pedra Fita e o podomorfo do Citânia de Briteiros), os cultos solares (exemplo: o Sol en Santa Tegra e o antropomorfo de Fentáns), a etnografia grega do noroeste Ibérico e os padroeiros irlandeses, a celebração de Lugnasadh, a fundação de Lucus Augusti, a relação do deus Lug com várias aves (em especial com o corvo e a carriça) e a celebração dos Solstícios nesses Santuários.
Ao longo do livro vão descrevendo vários locais, estátuas e estelas. Tanto na Galicia como, fazendo algumas menções, em Portugal (como a estátua do guerreiro galaico-lusitano de Lezenho - Vila Real, a inscrição en língua lusitana de Cabeço das Fraguas - Guarda, ou as gravuras do Cabo da Roca - Lisboa).
Comentários
Enviar um comentário